Bem-vindo à Página do Veleiro "Aragem"

(Trimarã Searunner 34



Daqui a vinte anos te sentirás mais desiludido pelas coisas que não chegastes a fazer do que por aquelas que fizeste. Assim, solta as amarras. Caça tuas velas. Navega mar afora. Explora. Sonha. Descobre.
 ("Twenty years from now you will be more disapointed by the things you didn`t  do by the ones you did do. So throw off the bowlines. Sail away from the safe harbor. Cath the trade winds in your sails. Explore. Dream. Discovery.") Frase original atribuída ao escritor americano Mark Twain.


Depois que se constrói um barco, dificilmente pára-se naquele. No meu caso, por exemplo, ao construir o >>> Li-Si-Ri, meu primeiro barco, novos horizontes se abriram. Logo pensei na construção de outro barco bem maior, que me permitisse não só pequenos cruzeiros litorâneos, com necessários, confortáveis e seguros pernoites, mas também viagens mais longas e eventualmente uma travessia, quem sabe?

Então, em julho de 2004, iniciei a construção de um trimarã Searunner de 34 pés, a que darei o nome de Aragem.




Esta página pretende descrever os antecedentes, a construção do barco, sua colocação na água, a descida a motor até ao longo de três rios (Poty, Parnaíba e Igaraçú --- este um braço do rio Parnaíba), até o mar, trezentos e poucos quilômetros distante. E daí em frente, tudo quanto for sendo vivido pelo barco e seu dono, construtor e comandante.

>>> Resenha da Construção
  
           

O ROTEIRO FLUVIAL DO ARAGEM.                                                                                                          E                                                                                                                                                                                                                                  

Conforme reportado na atualização anterior, o Aragem desceu o rio Poty, naquela tarde inesquecível de 20 de abril de 2012, logo após o seu lançamento na Potycabana. Não chegaríamos à cidade mais próxima (União) antes da noite. E eu decidira só navegar durante o dia. Então, atracamos no cais do Poty Velho, ainda em Teresina, onde embarcamos nossos pertences e os mantimentos. Aquele foi nosso primeiro pernoite antes de zarparmos, na manhã seguinte, seguindo um roteiro fluvial que era desconhecido para mim, porém bastante familiar para nosso guia, o Capivara, de quem falarei adiante. O Velho Monge (assim chamamos o rio Parnaíba), ainda caudaloso como é cantado nas rimas do poeta piauiense Da Costa e Silva, estava bem ali à nossa frente, reservando-nos belezas sem par, surpresas desconcertantes e um leito de contrastes entre áreas assoreadas e profundos canais. Aquela seria uma noite ainda, para atazanar meu sono.                                                                                                                                                                                                                                                                                               SELECIONEI (ABAIXO) MAIS ALGUMAS IMAGENS DO LANÇAMENTO E DA NAVEGAÇÃO NO RIO POTY.                                A bordo da lancha GEÓRGIA, esperamos o Aragem ser depositado pelos guindastes, para receber os cabos e trazê-lo para longe do arrimo do dique, onde o flutuador ou mesmo o casco principal poderia bater em uma pedra.  O comandante acompanha, apreensivo, a descida do Aragem.                                                                                                                                                O Aragem navegando rio abaixo, logo após seu lançamento.                                                                     Aqui estamos passando sob a terceira das cinco pontes que cruzaríamos até chegar ao cais do Poty Velho.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                            Acima, a ponte Mestre Izidório França (ou Ponte Estaiada, como é mais conhecida), um dos eixos de trânsito urbano bastante movimentado de Teresina. Representa o contraste entre a moderna engenharia e a bucólica paisagem ribeirinha, uma prova de que é possível essa convivência.                                                                                                                                                                                                                 Mais uma bela imagem da Ponte Estaiada.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                               Exuberância do rio Poty em plena zona urbana de Teresina.                                                                                                    Paisagem digna de uma aquarela.                                                                       

Deixei para mencionar somente quando deste relato abordando o roteiro fluvial definitivo do Aragem, mas agora é momento de apresentar-lhes nosso guia, o Capivara. Difícil gravar seu verdadeiro nome, já que ele próprio, "um homem da água" como se autoproclama, prefere ser chamado pelo sugestivo apelido ganho na juventude. É fácil, porém, lembrar de um fato histórico, anedótico para muitos, que foi protagonizado pelo Capivara. Pois esse homem simples navegou a Barca do Sal, controvertido projeto do então governador Alberto Silva, visando provar a viabilidade econômica da navegação no rio Parnaiba. A barcaça, construída em Parnaiba pelo estaleiro Igaraçú, levaria sal extraído no litoral, para o sul do estado, e de lá ela traria produtos agrícolas a serem exportados através do Porto de Luis Correia. O governador foi mal compreendido. Talvez o momento então vivido pelos piauienses indicasse outras prioridades. Enfim, a história julgará. Importa que o marinheiro Capivara, um homem da água, desincumbiu-se muito bem de sua missão, que era trazer o imenso barco pelo rio, já então bastante assoreado em alguns trechos. Eu próprio fui testemunha da chegada triunfal a Teresina. O barco atracou no cais do Troca-Troca, mas não fui a bordo. Vi de certa distância. Uma fila imensa formou-se para conhecer a embarcação e seus recursos tecnológicos, que incluiam lastro variável de água bombeada através do casco, subindo ou descendo a linha d´água conforme necessário. Uma banda de música tocava e o povo aplaudia, satisfeito, embora muitos hoje torçam o nariz.

Muito obrigado ao Capivara, que foi de fundamental importância no trajeto de navegação do Aragem. Sem ele, dificilmente teríamos vencido o rio, cujas artérias conhece como poucos. De pé, à proa da lancha BEMPOSTA, um percuciente Capivara estudava os sinais na água, seu habitat, apontava a direção e lá iam, ele e a tripulação, checar uma passagem para o canal.


                   
                 


  O Aragem navegando no rio Parnaíba. Aqui vemos a lancha BEMPOSTA aproximando-se para ser presa a contrabordo,  após retornar de uma das inúmeras expedições feitas em busca de passagem para o canal, enquanto eu mantinha o Aragem  contra a correnteza, segurando-o apenas na aceleração do motor ou mesmo ancorando-o. A lancha foi peça essencial neste projeto, pois auxiliava nos desencalhes, rebocando o Aragem pela proa, enquanto a tripulação o balançava de um lado para outro. Este movimento, somado à força dos dois motores (do Aragem e da lancha), terminava liberando o barco da areia.

Na foto vemos a brava e valorosa tripulação da lancha, formada pelos meus genros, João Leonardo (piloto da lancha) e Ricardo (de boné), além do guia Capivara (de pé) e do Sami (nosso auxiliar).
                                                                      

      NAVEGAÇÃO FLUVIAL DO ARAGEM

       VÍDEOS:    
                           Transporte 1
                                                                 Transporte 2                                                   
                                                                                                                                                          Atracando na cidade de União - PI
                                                                                                                                                          Navegando no rio Parnaíba
         
>>> TRANSPORTE E LANÇAMENTO DO ARAGEM



IMPRENSA:

>>> PORTAL CIDADE VERDE
>>> PORTAL GP1
>>> PORTAL AZ


          
>>> TERESINA É SHOW

 (
Matéria sobre o Aragem publicada no portal "Cidade Verde" --- TV Cidade Verde --- na comemoração dos 157 anos de Teresina).
  
  



PÁGINA RECRIADA EM 26/10/2007

OS LINKS ABAIXO CONTAM A HISTÓRIA

>>> Por que um Searunner (Escolha amadurecida).
>>> Onde e como tudo começou (Um sonho adiado vai se tornando realidade).
>>> Personagens marcantes (Exemplos decisivos).
>>> A Sedução do Horizonte (Minha primeira visão do mar).
>>> Início da Construção (A aventura vai começar!)
>>> Li-Si-Ri (1) (Meu primeiro barco, um Andorinha).
>>> Li-Si-Ri (2) (Velejada no Portinho).
>>> Li-Si-Ri-II (Meu segundo barco, um dingue D-4).
>>> Velejada (Li-Si-Ri na barra do Igaraçú).
>>> PASSAGEM DE ANO 2007/2008
>>> AQUI Veja como o Aragem foi mudado de lugar.


   
      ATUALIZADA EM 25/06/2012, COM INCLUSÃO DO LINK  >>> NAVEGAÇÃO FLUVIAL DO ARAGEM



>>> LAGOA DO PORTINHO (S.O.S).

>>> LI-SI-RI-II - VELEJANDO NO MACAPÁ
 
Construção dos >>> Flutuadores

>>> Resenha da Construção



Revista VELEJAR publica >>> matéria sobre o Aragem.

Revista NÁUTICA publica >>> artigo sobre o Aragem.

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