Li-Si-Ri

(Dingue "Andorinha")

   

CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS

Comprimento:

4.71 m

Boca:

1.93 m

Peso:

115 kg

Área vélica:

13.15 m2

Projeto do Escritório "Roberto Barros Yacht", o Li-Si-Ri foi construído por mim, sozinho, nos finais de semana. Optei pela construção amadora, por hobby, curiosidade e desafio. Mas também por necessidade, já que eu me dispusera a concretizar um sonho há muito acalentado e não havia ninguém a quem eu pudesse encomendar a construção de um barco deste tipo em minha cidade. No máximo eu acharia quem fizesse uma canoa ou alguma outra embarcação rústica. A construção durou mais ou menos um ano, entre 1999 e 2000, com grande dificuldade em conseguir materiais e ferragens, visto que não existiam - como ainda não existem - no mercado local. Então, criei e usei muita coisa alternativa. O que não foi nada mal, pois reduzi os custos, estava adotando uma proposta dentro do meu espírito inventivo e, enfim, eu apenas iniciava minhas experiências como construtor e futuro velejador de minha própria embarcação.

Aqui, minhas desculpas ao projetista do Andorinha pelas alterações que fiz no projeto original, visando adaptá-lo ao meu uso específico; ou seja, menos esportivo e mais recreacional.

Por exemplo:

1) Como eu deveria levar o barco em reboque até o litoral, trezentos e poucos quilômetros distante, um mastro convencional (proposto no projeto) traria inconvenientes e dificuldades no transporte. Assim, construi um mastro em tubo de alumínio, desmontável em duas seções, fácil de transportar no próprio reboque. Aí uma coisa puxou a outra: o sistema de cruzeta e estaiamento também teve de ser construído de forma a ser montado e desmontado com facilidade, sendo adaptável ao mastro caseiro.

2) Talvez por suas características bastante esportivas, senti certa dificuldade em dominar o Andorinha. Ele ficou mais dócil após ganhar uma mini-quilha (skeg). Com isto, o leme também teve que mudar. Ficou mais largo, aproximando-se o mais possível da mini-quilha, sem o que praticamente perderia seu efeito. O leme é autopivotante mediante um sistema de elástico.

3) Também o sistema de bolina foi modificado. Ao invés da caixa fechada (que dificultava a manutenção) e do manejo através de cabos e moitões (que muitas vezes emperravam devido à entrada de areia), a caixa foi aberta até sua metade e os cabos e moitões foram substituídos por um sistema de alavanca preso à cabeça da bolina. O sistema é também autopivotante, sendo acionado por um simples elástico.

4) Na escota da mestra usei o sistema triangular do snipe ao invés do "toalheiro" proposto no projeto.

5) O espelho de popa foi reforçado, a fim de suportar um pequeno motor.



Abaixo, Li-Si-Ri em construção.



No reboque, pronto para sua primeira viagem ao litoral.



Aqui, preparando-se para ir à água. 



Tranqüila velejada!



Sendo colocado no reboque...    





...e saindo da água. 



Abaixo, imagens da recente reforma do Li-Si-Ri, quando ele ganhou pintura nova e um novo assoalho. As fotos mostram o casco com a primeira demão de pintura. A segunda, geral, somente após a colagem-filetagem-demão do assoalho.  

          

Na foto central vê-se aspecto do fundo pronto para receber o novo assoalho. Este, além de colado, será também filetado. Fitas adesivas protegem as áreas de colagem e filetagem.

O barco recebeu anti-derrapante feito com "batida de pedra" (dessas para proteger pára-lamas de carro) aplicada a pistola no convés (proa e laterais) e no assoalho.

OBS: Sei que alguns torcerão o nariz para a mini-quilha (skeg) que resolvi colocar no Li-Si-Ri. Condenarão o seu formato, pois não é lá tão hidro-dinâmico podendo gerar certo turbilhonamento. Não faz mal. Importa que serviu aos meus objetivos (ver item 2, acima), onde não estava incluída nenhuma regata ou competição. Trata-se de uma peça bastante leve. Não é maciça, pois feita de tábuas e compensado de 6mm. E até deu um pouco mais de flutuação à popa, onde eventualmente posso usar um pequeno motor.

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