Li-Si-Ri-II

D4 Dinghy

Este é o Li-Si-Ri-II, meu segundo barco. Você pode ver que ele tem uma armação simples tipo sprit. Na verdade, trata-se de uma vela "espicha" mais aperfeiçoada (acho que é uma variedade de armação chinesa - junk rig), muito usada numa versão bem rudimentar nas catraias, canoas a vela do Delta do Parnaíba (ver imagem seguinte). Preferi esta armação por encontrar nela vantagens que superam a marconi neste tipo de barco, tanto pela simplicidade de manejo quanto pela performance apresentada com baixo centro de esforço.

Além da pequena vela principal, decidi colocar uma velinha de proa, ambas feitas de uma antiga genoa do Li-Si-Ri, meu primeiro barco.

A escota da mestra trabalha em moitões com arranjo triangular, como no snipe. É o meu sistema preferido, ótimo para barco pequeno. PARA MINHA FELICIDADE, O SEARUNNER ADOTA  ESTE ARRANJO --- NÃO USA CARRINHO OU "TOALHEIRO". ENTÃO, ESTOU CERTO DE QUE TAMBÉM FUNCIONARÁ MUITO BEM NO ARAGEM.

O leme, dividido em base (madre) e pá, é pivotante e totalmente removível, inclusive a cana do leme, para facilitar o transporte e emborcamento do barco. Decidi alterar o projeto original neste aspecto, pois não gostei do leme inteiriço ali proposto, sujeito a batidas em obstáculos submersos com danos ao próprio leme e ao espelho de popa.        

A história do pequeno Li-Si-Ri-II é a seguinte:

Precisarei de um barco de apoio para o Aragem. Decidi então que iria construí-lo o quanto antes e aproveitar minhas próximas férias, entre julho e agosto de 2005, para testá-lo no litoral.

Revirei meus arquivos em busca de um barco que antendesse à finalidade. Para começar, deveria ter custo mínimo. Um projeto gratuito e possível de ser construído com sobras de material encontrados no barracão (retalhos de construção do Aragem). Também deveria ser leve, fácil e rápido de ser montado, podendo ser transportado e posto na água por uma só pessoa.

Achei o D-4 (figuras abaixo). Trata-se de um dinghy de 7.1 pés, com peso em torno de 25 quilos, projeto de J. Mertens (USA). Um baixíssimo peso foi conseguido com uso de compensados de menor espessura. Segui o projeto apenas na espessura das anteparas (centrais, proa, popa) e do fundo. Usei chapas de 10 milímetros para as anteparas e de 6 para o fundo. No costado usei chapa de 4 milímetros com costelas laterais de 6 milímetros. Também dessa espessura foram feitos os assentos. O verdugo feito com ripas de freijó deu uma firmeza impressionante ao casco.

Salvo por algumas medidas que não fecharam, este é um bom projeto, com muitos construtores em todo o mundo.

     

Acompanhe a construção do Li-Si-Ri-II

Casco no "berço" (dois pneus empilhados), ao lado do Aragem.

A interacção entre dois metais é uma reacção electroquímica que pode ocorrer entre alguns metais ou ligas diferentes, causando a corrosão de um e a protecção de outro. A reacção apenas acontece quando os metais diferentes estão ligados de forma a permitir um circuito eléctrico, havendo um electrólito (tal como a humidade) presente. É esta reacção que permite a protecção galvânica do aço pelo zinco nos locais onde o revestimento está danificado.

Baseada em estudos atmosféricos no exterior, a Tabela 4.2 apresenta o índice de corrosão galvânica do zinco quando em contacto com outros metais. Em condições normais no interior do edifício, os níveis de humidade são muito baixos. Consequentemente, a acção galvânica entre metais diferentes é muito inferior ao que acontece em ambientes exteriores. A interacção galvânica entre metais diferentes é complexa sendo que deve obter-se opinião especializada caso se pretenda ligar determinados metais. A extensão da ação galvânica depende dos metais envolvidos. Assim, a opinião especializada deve cair numa das três opções seguintes:

  1. A escolha dos metais é satisfatória e não provocará problemas de corrosão
  2. É melhor mudar para outra combinação de metais
  3. Usar os metais escolhidos mas garantir o seu isolamento eléctrico

De acordo com a tabela 4.2, a corrosão galvânica do zinco é mais severa quando, sob condições de humidade, está em contacto com o aço, cobre ou bronze. Se o contacto entre os revestimentos galvanizados e materiais feitos de cobre, bronze ou aço por galvanizar não puderem ser evitados, então deverão ser colocados elementos que isolem os metais nos pontos de contacto, impedindo assim o desgaste do revestimento galvanizado.

Por outro lado, o contacto entre revestimentos galvanizados e o aço inoxidável ou o alumínio resultará em menor corrosão. Ainda assim, isolar os metais poderá ser aconselhável em ambientes húmidos.

O reforço provisório, feito com sarrafo preso por grampos, permite um alinhamento preliminar.

Depois o casco será emborcado para novo alinhamento e nivelamento com vistas à colocação do fundo.

Casco pronto para  receber os painéis do fundo. O "berço" foi levantado em mais um pneu. A vantagem deste arranjo é que se pode trabalhar por baixo, colocando os arames que prenderão o fundo para serem amarrados por fora. Você pode ver uma abertura de inspeção na antepara do assento intermediário. Isto foi mudado. Substitui a antepara por outra sem a abertura, que fiz na parte central do próprio assento.

Casco emborcado, já com a "costura" feita com arame de cobre. Vê-se a abertura da caixa de bolina.

Colando as longarinas de fixação dos assentos.

Caixa de bolina impregnada internamente e fechada.

 

Casco posicionado para limpeza interna com vistas à impregnação.

Casco sendo impregnado internamente.

Casco totalmente encapsulado. Além dos chines, recebeu uma camada de tecido nas laterais.

Confeccionando o molde do assento central. Veja aí a abertura de inspeção.

Após o shape, a pá do leme recebeu o reforço de uma camada de tecido - apenas em seu angulo de fuga. 

A bolina com seu shape. Da mesma forma que a pá de leme, ela será encapsulada com duas demãos de resina.

Tampas dos assentos prontas para serem colocadas.  

Casco pronto e pintado.

Seguindo a idéia de baixo custo, usei massa latex acrílica - em duas finas demãos bem estiradas, apenas para fechar os poros do peel-ply. Para pintura externa, usei também tinta latex acrílica aplicada com rolo de lã de carneiro.

A interacção entre dois metais é uma reacção electroquímica que pode ocorrer entre alguns metais ou ligas diferentes, causando a corrosão de um e a protecção de outro. A reacção apenas acontece quando os metais diferentes estão ligados de forma a permitir um circuito eléctrico, havendo um electrólito (tal como a humidade) presente. É esta reacção que permite a protecção galvânica do aço pelo zinco nos locais onde o revestimento está danificado.

Baseada em estudos atmosféricos no exterior, a Tabela 4.2 apresenta o índice de corrosão galvânica do zinco quando em contacto com outros metais. Em condições normais no interior do edifício, os níveis de humidade são muito baixos. Consequentemente, a acção galvânica entre metais diferentes é muito inferior ao que acontece em ambientes exteriores. A interacção galvânica entre metais diferentes é complexa sendo que deve obter-se opinião especializada caso se pretenda ligar determinados metais. A extensão da ação galvânica depende dos metais envolvidos. Assim, a opinião especializada deve cair numa das três opções seguintes:

  1. A escolha dos metais é satisfatória e não provocará problemas de corrosão
  2. É melhor mudar para outra combinação de metais
  3. Usar os metais escolhidos mas garantir o seu isolamento eléctrico

De acordo com a tabela 4.2, a corrosão galvânica do zinco é mais severa quando, sob condições de humidade, está em contacto com o aço, cobre ou bronze. Se o contacto entre os revestimentos galvanizados e materiais feitos de cobre, bronze ou aço por galvanizar não puderem ser evitados, então deverão ser colocados elementos que isolem os metais nos pontos de contacto, impedindo assim o desgaste do revestimento galvanizado.

Por outro lado, o contacto entre revestimentos galvanizados e o aço inoxidável ou o alumínio resultará em menor corrosão. Ainda assim, isolar os metais poderá ser aconselhável em ambientes húmidos.

Sistema de armação (mastreamento e velame) do Li-Si-Ri-II. Quando desarmado, vai tudo para dentro da mestra, enrolando-se ao mastro.

Bastante leve, prático, fácil e rápido de armar e desarmar, porque todo o conjunto é pré-armado: mastro, retrancas, velas, espicha e cabos. As velas já vão "costuradas" à armação. Vela mestra, ao mastro, e genoa, à pequena retranca (gurupé) a ser fixada na proa, passando por um orifício no espelho e indo fixar-se a uma espécie de alça/braçadeira presa ao mastro à altura de sua base. Adriças (da espicha e da genoa) e escotas de ambas as velas também já vão fixadas em seus devidos lugares.

Para armar, é só colocar o mastro em sua abertura, fixar a pequena genoa e passar os cabos pelos poucos moitões e mordedores.  

Depois da velejada, dobra-se tudo para dentro da vela mestra e enrola-se ao mastro.

Li-Si-Ri-II a todo vento!

Ótimos ventos!

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