2010

Junho e julho

Concluída a laminação do convés, passei à colocação das ferragens fixas: fuzis, bases do guarda-mancebo e dos púlpitos (Casco Principal e Flutuadores). A confecção destas ferragens foi "tercerizada" (dobras e soldagens), mas ficaram furos e contra-chapas a serem feitos e o próprio polimento das peças. Abaixo, imagem do convés (boreste) mostrando as bases do guarda-mancebo e dos púlpitos já fixados.



Esta última base (canto direito) e as duas à devante (centro-esquerda) receberão os púlpitos de proa e de popa do flutuador respectivo. As duas bases intermediárias receberão os postes e os cabos do guarda-mancebo que se estenderão desde os dois púlpitos.

A seguir, imagens que mostram o interessante trabalho nas ferragens.



Perfurando uma ferragem de estai.



Aqui estou aproveitando sobras de uma chapa de inox (testada com imã) que fora usada na construção da base do motor, para fazer o quadrante do Leme. O formato primeiro foi recortado com esmeriladeira. Após serem preenchidos com solda inox os furos existentes na chapa, as peças serão acabadas no moto-esmeril e polidas pelo sistema descrito a seguir. 
  

O trabalho de confecção, acabado e polimento das ferragens tem sido um trabalho lento, mas gratificante quando se vê o resultado. Veja, por exemplo, a ferragem de estai abaixo. Não fica propriamente um espelho, pois para isto seria preciso  processo industrial, que não combinaria com o sistema artesanal usado na construção da embarcação. Mas dá um brilho razoável.  



Note que existe uma área escareada logo abaixo dos dois furos existentes na extremidade superior da ferragem. É para dar mais aderência à colagem que receberá no transpasse do casco. A parte inferior da ferragem será parafusada na antepara com uma contra-chapa pelo seu lado posterior.



Em detalhe (acima), área de transpasse das ferragens, onde haverá a colagem das mesmas após parafusamento interno nas anteparas. Após a colagem restará um rebaixo com cerca de 0,5cm para adição de Sikaflex quando da fixação dos reforços a serem parafusados no convés, cercando as ferragens.

Abaixo, detalhes de ferragens já fixadas.







O moto-esmeril usado no polimento das peças não resistiu à vibração das polias de pano, que não têm balanceamento. Tive que fazer uma base nova de madeira, que foi parafusada na carcaça do motor.



Aqui, o moto-esmeril preso por garras à bancada improvisada.

No processo de polimento, após usar lixas com granulações sucessivamente mais finas (80/120/220/320), usei três polias de pano, também usadas sucessivamente, sendo duas com pasta abrasiva (previamente impregnadas) e uma sem nada, só para dar brilho.



Acima você vê as polias de pano e as barras de pasta abrasiva.



Nesta, vê-se o moto-esmeril com disco "flap" nº. 220 e a lixadeira com disco nº. 120.