Abril |
Este ano, como
há muito tempo não acontecia, o
período chuvoso estendeu-se ao final de abril ---
aliás, com muita cheia nos rios e
inundações por todo o Estado. Isto, aliado a outros fatores (atividades extra-construção), continuou atrasando um pouco a obra. Quase restringi-me ao acabamento interno (sempre no sentido proa-popa). Abaixo, embora mostrando bastante poeira, imagens de como está ficando o interior do Aragem. |
Banheiro visto do
Vestuário.
Na parte inferior direita, detalhe do roupeiro, que terá um alcochoado removível servindo de assento. Note a base do Vaso Sanitário: mais elevada, de modo a dar espaço para a largura do vaso com sua válvula lateral (ver abaixo). A
altura do vaso náutico é quase metade da usual no
vaso
doméstico, que é 40 cm. Com a base, existente em
todos os
modelos Searunner, ficaria inviável usar-se o
vaso com os
pés à altura do fundo do barco.
Então fiz um assoalho removível, para compensar a diferença. Porão do
Banheiro, vendo-se o poçeto --- devidamente fibrado --- onde se depositará a água do banho.
Fechando o poceto haverá
também um assoalho removível, sob o qual
estará a
válvula de captação da bomba manual de esgotamento.
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PEQUENO AVANÇO NA MONTAGEM DO CONVÉS. Fiz e ajustei as longarinas de fixação dos painéis sobre a curvatura das Asas (logo no encontro destas com o Casco Principal) e risquei as anteparas transversais intermediárias que sustentam as longarinas onde são fixados os painéis. Estas anteparas são também estruturais, pois, além de fixarem os painéis, reforçam a envergadura das Asas. |
Prosseguindo com
o acabamento interno do barco, colei os assoalhos permanentes sob o Cockpit,
devidamente fibrados. Haverá duas
aberturas laterais (orifícios com 2") para drenagem
de água eventualmente embarcada
no Cockpit.
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A BASE DO MASTRO. Também neste período, fiz uma peça de madeira maciça, onde será fixado o colar da base do mastro. Devia ser de madeira bem dura e resistente. Eu poderia ter usado ipê. Mas este, ao contrário do freijó (fibra bem longa, fina, macia e aglutinada), é rachador (fibra grossa, áspera, de comprimento médio). Então, por acaso, achei uma tábua de pequi no galpão. O pequi resiste bem à umidade, possuindo altíssima oleosidade. Usa-se para fazer utensílios que levam água (cochos, gamelas, ancoretas, colheres-de-pau) e até embarcações (canoas rústicas). Sua fibra é curtíssima, por isto não racha nem empena. Apesar da oleosidade, a resina foi bem absorvida. Infelizmente, essa árvore rude e magestosa, com frutos altamente protéicos e de qualidades medicinais, acha-se ameaçada pelo mau uso que fazem de suas riquezas. Cortam-se pequizeiros até para fazer carvão. De outro lado, felizmente, existem raras e louváveis tentativas de reflorestamento do pequi. Quiçá, prevaleça o bom senso e o espírito ecológico de alguns, contra os predadores de plantão do meio ambiente. A
cavidade no centro --- sob a base do colar --- guardará uma ou
mais moedas da Escandinávia. Para dar sorte, segundo a lenda.
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