2008

Abril

Este ano, como há muito tempo não acontecia, o período chuvoso estendeu-se ao final de abril --- aliás, com muita cheia nos rios e inundações por todo o Estado.

Isto, aliado a outros fatores (atividades extra-construção), continuou atrasando um pouco a obra. Quase restringi-me ao acabamento interno (sempre no sentido proa-popa). 

Abaixo, embora mostrando bastante poeira, imagens de como está ficando o interior do Aragem.    


Banheiro visto do Vestuário.

Na parte inferior direita, detalhe do roupeiro, que terá um alcochoado removível servindo de assento. 
Note a base do Vaso Sanitário: mais elevada, de modo a dar espaço para a largura do vaso com sua válvula lateral (ver abaixo).




A altura do vaso náutico é quase metade da usual no vaso doméstico, que é 40 cm. Com a base, existente em todos os modelos Searunner, ficaria inviável usar-se o vaso com os pés à altura do fundo do barco.




 
Então fiz um assoalho removível, para compensar a diferença.


    

Porão do Banheiro, vendo-se o poçeto --- devidamente fibrado --- onde se depositará a água do banho. 
Fechando o poceto haverá também um assoalho removível, sob o qual estará a válvula de captação da bomba manual de esgotamento.
PEQUENO AVANÇO NA MONTAGEM DO CONVÉS. 

Fiz e ajustei as longarinas de fixação dos painéis sobre a curvatura das Asas (logo no encontro destas com o Casco Principal) e risquei as anteparas transversais intermediárias que sustentam as longarinas onde são fixados os painéis. Estas anteparas são também estruturais, pois, além de fixarem os painéis, reforçam a envergadura das Asas.





Prosseguindo com o acabamento interno do barco, colei os assoalhos permanentes sob o Cockpit, devidamente fibrados.



Haverá duas aberturas laterais (orifícios com 2") para drenagem de água eventualmente embarcada no Cockpit.
A BASE DO MASTRO.

Também neste período, fiz uma peça de madeira maciça, onde será fixado o colar da base do mastro. Devia ser de madeira bem dura e resistente. Eu poderia ter usado ipê. Mas este,
ao contrário do freijó (fibra bem longa, fina, macia e aglutinada), é rachador (fibra grossa, áspera, de comprimento médio).

Então, por acaso, achei uma tábua de pequi no galpão.

O pequi resiste bem à umidade, possuindo altíssima oleosidade. Usa-se para fazer utensílios que levam água (cochos, gamelas,  ancoretas, colheres-de-pau) e até embarcações (canoas rústicas). Sua fibra é curtíssima, por isto não racha nem empena. Apesar da oleosidade, a resina foi bem absorvida.

Infelizmente, essa árvore rude e magestosa, com frutos altamente protéicos e de qualidades medicinais, acha-se ameaçada pelo mau uso que fazem de suas riquezas. Cortam-se pequizeiros até para fazer carvão.

De outro lado, felizmente, existem raras e louváveis tentativas de reflorestamento do pequi.

Quiçá, prevaleça o bom senso e o espírito ecológico de alguns, contra os predadores de plantão do meio ambiente. 
  





A cavidade no centro --- sob a base do colar --- guardará uma ou mais moedas da Escandinávia. Para dar sorte, segundo a lenda.    
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